O Processo que Parou o Tempo
O Processo que Parou o Tempo Importante destacar que apesar de já ter recebido um processo da CSN por falar sobre o assunto (ainda a ser julgado) seguirei noticiando. As informações aqui presentes são baseadas nos autos de uma ação civil pública movida pelo MPF, que está parada por questões burocráticas. Queremos a retomada imediata do processo Em 2012, o Ministério Público Federal processou a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) por contaminar uma área inteira de Volta Redonda. O bairro Volta Grande IV — onde vivem centenas de famílias — foi construído em cima de um antigo aterro industrial usado pela CSN para descartar resíduos tóxicos. Debaixo das casas, o solo guarda a herança de uma cidade siderúrgica: escórias, óleos, metais pesados, restos de um ciclo de aço que nunca acabou. Os laudos oficiais encontraram chumbo, zinco, manganês e compostos químicos acima dos limites permitidos. Mesmo assim, o poder público liberou a ocupação e fingiu não ver. O Ministério Público pediu perícia, reparação e moradia segura para os moradores. Mas, depois de alguns anos, o processo foi congelado. A Justiça reconheceu o risco, mas suspendeu a ação até o Supremo Tribunal Federal decidir quem deve julgar o caso. Enquanto isso, nada anda. Nenhuma perícia é feita. Nenhuma indenização é paga. Nenhuma família é removida de área contaminada. O processo está parado há mais de 7 anos. A contaminação, não. A cada dia, o tempo favorece quem polui — e castiga quem mora em cima do veneno. A CSN, uma das maiores empresas do país, continua operando normalmente. Os moradores seguem sem resposta. E o Estado, que deveria proteger, é cúmplice por omissão. Esse é o retrato da Justiça Tóxica: lenta com o povo, leve com o poder. Mas memória também é justiça. E quando a cidade lembra, a verdade volta à tona — por mais que tentem enterrar. #JustiçaTóxica #VoltaGrandeIV #CSNResponsável #VoltaRedondaVive #JustiçaAmbiental

